Rádio Pirata
A voz de um colectivo cultural sem eira nem beira, fora-da-lei e clandestino.
sábado, maio 27
sexta-feira, maio 26

Aconselho a escuta, sobretudo as músicas germinadas no quarto mágico de Samuel Mira.
quarta-feira, maio 24
segunda-feira, maio 22
Do contrabando
Ouvi dizer que o Contrabandista nos ia contar uma das suas histórias de fronteira. Quem o conhecer que lhe diga que o microfone já está ligado. Pode falar em canal aberto.
sábado, maio 13
quinta-feira, maio 11
Madvillain; "Madvillainy"

Madvillainy não é um albúm inacessível, mas exige dedicação para se tirar o maior prazer de escuta.
Accordion
Rainbows
Curls
Great Day Today
terça-feira, maio 9
segunda-feira, maio 8
I Want You

O que é que Bob Dylan, Jon Bon Jovi(!), Tom Waits, Erykah Badu, Elvis Costello, Sheryl Crow, Burt Bacharach e John Lennon têm em comum? Uma música chamada "I Want You". Muitos mais músicos terão utilizado este título. Há aproximadamente 500 músicas diferentes de artistas com discografia conhecida. É provável que até o Marco Paulo tenha uma música chamada "Quero-te", e se não tem, devia.
O que eu quis fazer foi eleger, em regime ditatorial, a melhor, a mais terrífica e arrebatadora música com este nome. Deixei os Beatles de fora e se entrassem desqualificava-os, até porque não podiam entrar nesta contagem sabotada desde o ínicio, porque a música deles se chama: I Want You (She's So Heavy).
Assim apresento o grande vencedor: Marvin Gaye!
Tudo começa com uma introdução longa com uuuhhh's, da ra ras's, ta ra ta ta's, uh uh uh's, aaaauu's, so good's e depois, depois o resto é "conversa". Não das que elas mais gostam de ouvir, mas ainda assim conversa. "Querer" não chega para Marvin Gaye. Ele tem que se explicar, lamentar, realizar, suspirar, gritar, esperançar, gostar, esperar, mudar, chamar. E isto ele faz muito bem, no meio de guitarras que electrificam a sua inquietação, no meio de uma orquestra de cordas e metais, no meio de uma bateria incisiva ao fundo da sala e do baixo que faz companhia, no meio de uuhhhh's, oohhh's, aaahhhh's, yeah's, no meio do piano Rhodes que nem na sala está, e atravessa as paredes da casa quando lhe apetece.
Assim esta eleição é eterna e definitiva, porque como esta música, sem altos e baixos, continua em linha recta, a suspirar e a gritar e a acabar em "fade out" por motivos óbvios. Se fosse eu a mandar, não acabava.